Carta às minhas (quase) paixões de 2013

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Dê play e leia (principalmente se você for uma dessas paixões).

Obrigada a vocês que, sabendo ou não, correspondendo ou não e sendo sempre cafajestes, foram as minhas quase paixões de 2013. Caso não saibam, me fizeram escrever mais, ganhar alguns elogios, perder umas noites de sono e usar minhas melhores roupas. Há o que durou uma dança. Esse, inflou o ego após receber uma carta real (me arrependi no mesmo dia, mas hoje até rio). Após o tombo e alguns textos escritos, eu já estava pronta para outra. SMSs trocados, beijo quase roubado, dúvida cruel e pré decepção. Dessa vez, fiz questão de mandar mensagem dizendo estar tudo acabado antes mesmo de começar. No dia seguinte, lá estava eu ouvindo música melancólica e postando indiretas no Twitter. Decepções fazem eu me comportar como uma adolescente normal.

Assisti a uns episódios de uma série antiga, dessa vez, em ordem. Estar plenamente em paz, me incomodava profundamente. Senti-me entediada não lembrando de ninguém enquanto escutava Manu Gavassi. Rabisquei algumas folhas soltas de uma agenda velha, fiz alguns rascunhos. A agonia de estar apaixonada era bem mais interessante que aquele caos pacífico (contraditório, porém real). E, numa quinta-feira chuvosa, apareceu quem, futuramente, bagunçaria tudo. Vejamos pelo lado bom: ele me apresentou um cover incrível de uma das músicas que mais ouvi na infância. Pegou-me de surpresa e, quando vi, já estávamos na beira de uma praia deserta, de mãos dadas. Ficou por pouco tempo e saiu sem avisar. Tive vontade de mandar todos os textos do Daniel Bovolento com um recado: “lê isso e vê se aprende”. Fez com que chamasse-o mentalmente de moleque umas 50 vezes, mas me fez amadurecer em relação a muitas coisas, principalmente, a mim mesma.

É claro que eu poderia ter evitado minimamente 90% das desilusões que vivi, mas uma hora ou outra teria que passar por elas. E se todos vocês não tivessem existido, eu não teria aprendido o tanto que me ensinaram sendo príncipes e ogros. Eu tenho minha parcela de culpa por não termos dado certo, assumo. Sou crítica, inconstante e exigente, não faço questão de esconder. Hoje, digo: eu não mudaria nada do que vivemos. Talvez tivesse pedido para trocar a música do carro para a que dizia o que eu não tinha coragem, é verdade. Ou quem sabe dito: o texto é meu, por que você está se gabando? Quem sabe  não iria aí na sua casa para você explicar do seu jeito aquilo que não lhe dei oportunidade de falar? Mas, hoje, eu lhes escrevo para dizer que já foi. E que vocês foram parte do meu ano, da minha história. Se, de repente, eu ligar me declarando ou se escapar um comentário na foto antiga, saibam que eu estou bêbada (mesmo sem beber). Agora, abertamente e sem negar, dedico a vocês, todas essas palavrinhas. Obrigada por tudo que me fizeram aprender, mesmo que, chorando no tapete do quarto ou conferindo o horário da última visualização no WhatsApp. Eu os desculpo por serem tão idiotas, sem problemas.  Boa sorte na vida.